Míria
Maria Ferreira
Corre
de um lado para o outro, não consegue ficar
quieto, não tem concentração
na hora da aula, e tem dificuldade para obedecer.
Enfim, estes são alguns dos sintomas que podem
identificar ou não a hiperatividade. Termo
usado para as crianças que têm muita
energia. Mas o que vem a ser isto? A medicina denomina
a hiperatividade como uma desordem do déficit
de atenção que afeta 5% das crianças
que nascem.
A
criança hiperativa, na maioria das vezes, é
inteligente, fala muito e não passa despercebida.
Chama a atenção de todos, seja em casa
ou na escola. “A hiperatividade é um
comportamento que na verdade impede a criança
de ter um desenvolvimento e uma vida normal. A inquietação
e agitação, características principais
do hiperativo, quando chegam ao extremo interferem
na sua capacidade de concentração”,
diz o psicólogo Antônio Alberto Filgueira.
A
hiperatividade para ser identificada necessita de
um diagnóstico médico. Nem toda criança
por ser “medonha” ou “impulsiva”
pode ser considerada hiperativa. Ela dá trabalho,
é desatenta, é energética,
mas existe um limite no seu comportamento que a
define como normalmente ativa. Já a criança
hiperativa tem dificuldade de ficar quieta, está
sempre procurando algo para mexer e tem um grau
de energia incansável.
Considerada
um traço pessoal da criança e sendo
mais freqüente nos meninos, a hiperatividade
tem carga genética. A criança não
é hiperativa simplesmente por ser, é
preciso ter tendência. “Ela pode ser
passada para os seus descendentes. Os filhos são
a combinação de anseio e desejo de
duas pessoas e a inquietação é
o resultado do pai e da mãe”, completa
o psicólogo.
Embora
existam estudos e diagnóstico definidos é
necessário que os pais e professores, também
busquem informações com profissionais
sobre o assunto para lidar com a situação
de forma adequada, “A criança hiperativa
deseja descobrir o mundo. É interessante
saber o comportamento dela na escola e assim poder
ajudá-la”, completa o psicólogo.
Segundo
Antônio Alberto é preciso o acompanhamento
de um psicoterapeuta, profissional capacitado para
procurar a causa e assim, ajudar a criança
a superar o comportamento inadequado. “Geralmente
é recomendado também atividade física
que esgote a energia do hiperativo como: judô,
natação ou futebol. Não esquecendo
a necessidade de ter um acompanhamento médico,
uma vez que a criança pode desenvolver algum
problema físico”, finaliza.