Míria
Maria Ferreira
Há muito
se falava em um mundo informatizado, prático
e com várias oportunidades no mercado de trabalho.
Mas, o que não se imaginava era que com o surgimento
de um mundo mais moderno e competitivo surgiriam também
alguns problemas de saúde, a exemplo da depressão,
que significa uma série de sintomas caracterizados
de distúrbios emocionais.
Apesar de vários estudos e pesquisas acerca
do assunto, uma discussão psiquiátrica
chama a atenção no que diz respeito
ao estado de ânimo normal e aos distúrbios
mentais do paciente, ou seja: onde começa
a doença? Estar angustiado significa depressão?
É preciso um tratamento médico? Alguns
especialistas dizem que sim, e classificam essa
pessoa como depressiva. Já outros acham que
existe um certo exagero ao chegar a tal diagnóstico
por causa de uma angústia.
Para a psicóloga Maria Joseni Gomes de Araújo
é preciso uma maior atenção
no que se refere aos distúrbios emocionais.
“Na depressão existem também
os sintomas da apatia, medo, desânimo, distúrbios
do sono e choro. Quanto ao diagnóstico compete
a um especialista. Se três destes sintomas
persistirem por mais de duas semanas é aconselhável
procurar ajuda de um profissional especializado”,
conclui.
Diagnosticar o problema no início é
importante e pode evitar vários e sérios
transtornos. “Descobri que tinha depressão
na adolescência. Eu sentia medo do dia, da
noite, não saía de casa, tinha pavor
da morte e me vinha sempre um pensamento suicida.
Tive depressão profunda, mas hoje, estou
bem. Na época questionei meus pensamentos,
li muito e busquei ajuda de um psicoterapeuta”,
relata a professora Verônica Pereira.
No quadro depressivo as manifestações
e emoções são as mais variadas
possíveis, podendo ocorrer também
uma falha de memória do paciente, o que prejudica
sua capacidade de pensar, de se concentrar e reagir
a determinadas situações. Estes sintomas
independem de sexo, cor, nível social e religião.
“A depressão é universal, qualquer
pessoa pode ter, apesar de que ocorre com maior
freqüência na mulher, por causa da sua
jornada dupla de trabalho que é da casa e
da profissão”, completa a psicóloga.
Mesmo com estudos e tratamentos avançados,
a pessoa com depressão precisa antes de tudo
do apoio e compreensão da família,
base principal para obter resultados positivos no
tratamento. “A minha família foi muito
importante e me ajudou muito. Precisei de todos
da minha casa. Passei uma semana sem dormir e eles
estavam ali toda noite ao meu lado participando
de cada momento dessa fase difícil de minha
vida”, finaliza Verônica Pereira.