Kátia
Figueiredo
Calcula-se
que 25% das gestações terminem em aborto
espontâneo ocasionado por distúrbios
de origem genética, ou por fatores transmitidos
pelo pai ou pela mãe. Já o aborto provocado
é crime previsto por lei e gera polêmica
entre feministas, igreja e a comunidade de uma forma
geral. O aborto legal só é permitido
em caso de estupro ou quando coloca em risco a vida
da mãe.
Segundo
a Coordenadora de Saúde do Centro da Mulher
8 de Março, Irene Marinheiro, geralmente
40 milhões de aborto acontece em condições
precárias colocando em risco a vida da mulher.
“Esse
fator acontece por várias razões:
às mães tem muitos filhos e são
pobres e não tem condições
de sustentar uma família; por estupro, por
falta de informações de como evitar
uma gravidez não desejada e por falta de
informação mesmo, pois infelizmente
a maioria das mulheres só conhecem a camisinha
masculina e as pílulas”, explica a
coordenadora.
Segundo
Irene, as mulheres não têm fácil
acesso a outros métodos de prevenção
como o dio e o diafragma, que são mais eficazes
na tentativa de prevenir uma gravidez indesejada.
O
Centro da Mulher 8 de Março procura conscientizar
a mulher para que ela evite a gravidez , alertando-as
a planejarem sua gestação e conscientizando-as
da necessidade de obterem camisinhas masculinas
e femininas, diafragma e creme vaginal. “Há
divulgação de folders relacionados
ao assunto, fazemos visitas domiciliares às
mulheres, visitamos escolas e orientamos em cada
caso, quando é necessário o aborto
previsto na lei”, enfatiza a coordenadora.
“Nós
mulheres estamos lutando para que se perceba que,
quando há deformação no feto,
essa deformidade seja diagnosticada e a mulher tenha
o direito de fazer o aborto”, finaliza a Coordenadora
Irene Marinheiro.