Arte e Cultura
  Esporte
  Cidade
  Educação
  Eventos
  Humor
  Entrevista
  Galeria Virtual
  Saúde
  Meio Ambiente
  Política
  Anuncie
  Expediente
 
 
  Hospital Universitário
Orlando Junior
       
             Toda greve, seja em qual setor for, deixa seqüelas visíveis em quem menos tem culpa: a comunidade carente! Se a greve no sistema bancário criou revolta e indignação, o que não dizer duma greve num dos mais procurados hospitais do estado, o Hospital Universitário? “É muito ruim você vir do interior e encontrar o hospital quase parado! Nessas greves, só os pobres sofrem! Quem é rico não usa o HU”, reclama a aposentada Idaléia Gomes da Silva que vai ter que esperar até o fim da paralisação para realizar sua consulta.

             O maior transtorno, que a greve dos funcionários federais das universidades produziu no Hospital Universitário, foi justamente deixar de atender a população mais carente, justamente as pessoas mais necessitadas que procuram o ambulatório do hospital. Como o HU não trabalha com urgência, as “eletivas”, que são procedimentos agendados com antecedência, ficaram prejudicados.

             “Nós temos aqui uma média de 16 mil consultas por mês, e aí nós estamos deixando de atender a essa população. Eu não sei onde essas pessoas estão sendo atendidas, eu acredito que elas não estão sendo atendidas em canto nenhum e eu lamento isso profundamente. Esse para mim é o prejuízo maior que o hospital tem”, desabafa o Superintendente do Hospital Universitário Dr. João Flávio Paiva.

             O hospital está deixando de realizar cirurgias que já estavam agendadas. Um acordo com o Comando de Greve permitiu que fossem realizadas 30% dessas cirurgias. Normalmente são realizadas 15 por dia, com a greve, esse número caiu para 12 semanais. “Se houver uma redução de recursos em receita do hospital, nós vamos ter problemas mais sérios. Nós não podemos deixar de pagar pessoal, por isso que nós temos uma agenda mínima, que negociamos com o Comando de Greve, para poder garantir os abastecimentos dos setores mais importantes e para o pagamento do pessoal”, explica o Superintendente.

             Os únicos setores do Hospital Universitário que continuam funcionando normalmente são: a maternidade de alto risco, onde o hospital é referência, e o de doenças infecto-contagiosas como meningite e hepatite. “Conseguimos, junto ao Comando de Greve, que esses dois setores funcionem normalmente, mas isso ainda não diminui o constrangimento de ver pessoas que vêm aqui para serem atendidas e nós não termos condições de atende-las”, finaliza o Superintendente João Flavio Paiva.



           
Publicidade
 

2005 © Todos os direitos resernados. Escrita Livre. Site desenvolvido por Diego Rodrigues, com colaboração de Aderbal Nunes.