Oficina de Teoria do Cinema discute
a sétima arte e a sociedade
A
oficina de Teoria do Cinema ministrada pela jornalista Malu
Farias, que também faz trabalhos usando o vídeo
e a capoeira como elementos transformadores em comunidades
carentes, trouxe para a sala de aula a discussão sobre
a relação do cinema com o meio social.
A
oficineira mostrou vídeos sobre a origem do cinema
contextualizando as primeiras produções com
o momento histórico, seguindo o mesmo caminho com obras
mais modernas e as representatividades que elas trazem. Sobre
a importância das escolas públicas trazerem a
sétima arte para dentro da sala de aula, Malu afirma
que “a escola publica hoje precisa ter outras formas
de chegar aos jovens, outras linguagens que possam trazer
esse jovem para uma produção mais sistemática.
Aprender a matemática, a biologia, e esse conhecimento
ter significado. O cinema, pela sua própria linguagem
que atrai, pode ser um canal para discussões sobre
temas transversais como sexualidade, gênero, reporte
de raça, violência, mas não de forma convencional,
é de uma forma que o jovem vai começar a refletir
através da tela e vai nesse meio se perceber, perceber
a sua localidade. O educador pode facilitar esse processo
de reflexão sobre sua realidade e isso ai naturalmente
faz com que o jovem tenha uma postura mais critica, assim
rendendo nas outras atividades”.
Em
relação a de identificação do
jovem com o cinema ela diz: “a gente percebe é
que o jovem tem sua linguagem própria, porque hoje
tem o Hip-Hop, tem varias formas e o cinema ele consegue geração
a geração envolver. Você vê que
no Tropa de Elite todo mundo “Pede Pra Sair”,
ficou na boca de uma criança, um adolescente, um jovem.
E o que quer dizer esse “Pede Pra Sair”? Ele vem
repetir a violência da comunidade, a repressão
policial, a falta de emprego, a falta de estrutura, através
da linguagem do cinema. Agente começa a pensar que
a arte está refletindo a realidade, mas não,
conseguimos perceber e discutir nossa realidade através
da arte, a arte consegue nos encantar e talvez dar outras
possibilidades mais positivas de transformação
de realidade”.
O projeto
ESSA É MINHA ESCOLA SIM SENHOR é uma realização
da Empresa de Serviços Culturais (EMSERC) com o patrocínio
do Fundo Municipal de Cultura (FMC) e da Prefeitura Municipal
de João Pessoa.
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