Orlando
Junior
Segundo
o Historiador José Otávio de Arruda
e Melo, no século passado a Lagoa do Parque
Sólon de Lucena era freqüentada por patos.
Décadas depois, com o crescimento populacional
e todos os males que isso provoca, as aves foram aos
poucos sumindo, e o principal cartão postal
da cidade ficou órfão dos patos que
encantavam os visitantes.
No
final do ano de 2002 as garças começaram
a freqüentar a lagoa e segundo a Bióloga
Thalma Grisi isso se deve ao fato de, na lagoa,
os peixes estarem mais fáceis de serem capturados.
“A lagoa vem sofrendo um processo de assoreamento,
o que está proporcionando a formação
de bancos de areia, as aves usam esses bancos para
capturar o alimento”, explica.
Ainda
segundo a Bióloga, essas garças são
provenientes do estuário do Rio Sanhauá,
mas o que causa espanto é que a quantidade
vem aumentando a cada dia. “No início
eram duas ou três, na última segunda-feira
contei mais de sessenta, todas reunidas num só
banco de areia, fiquei assustada, nunca tinha observado
uma quantidade tão grande da espécie
num local urbano”, pondera Thalma.
O
efeito paisagístico é muito bonito,
mas não podemos esquecer que as garças
estão se alimentando de peixes poluídos.
“Talvez a longo prazo isso venha a causar
algum problema, mas a Prefeitura está prometendo
que vai despoluir o ambiente, o que eu espero que
seja verdade e seja feito o quanto antes”,
conclui Thalma Grisi.