João Pessoa, 22-11-2024
A grande maioria das pessoas e jornalistas preferem lembrar Michael Jackson por suas excentricidades e poucos falam de sua arte e de sua importância para cultura pop. É triste que ele só seja lembrado pelo que deixou de fazer (ou pelo que fez com excesso), como se seus quase 45 anos de carreira tenham sido insignificantes.
Prefiro lembrar do menino (que mesmo sendo obrigado pelo pai a trabalhar e era humilhado pelos irmãos mais velhos, enraivecidos pelo seu sucesso) que dominava o palco como poucos e tinha uma afinação impressionante para sua idade. O resto pouco importa, é preciso separar o ser humano cheio de defeitos (e todos nós os temos) do artista genial que parecia flutuar nos palcos.
Michael deu prosseguimento à era dos “pop star” e de certo modo, guardada as devidas proporções, continuou com o sonho, que um dia John Lennon disse que tinha terminado.
Talvez a melhor frase, sobre esse triste episódio, tenha saído da boca do apresentador Sérgio Chapellin apresentador do Globo Repórter que afirmou que “Michael foi transformado em adulto quando era criança e quis ser criança quando já era adulto”!
O sucesso tem lá essas armadilhas, nada muito diferente do que já aconteceu com mitos como Elvis Presley, Jimi Hendrix, Marylin Monroe, Janis Joplin e que acontecerá com muitos outros que ainda virão.
Agora está aberta a temporada de boatos os mais esdrúxulos possíveis. Vão falar que ele não morreu, que vive numa paradisíaca ilha, que era um ET, que preferiu morar eternamente numa câmera hiperbárica para nunca envelhecer, como se não fosse diferente do que já inventaram enquanto ainda estava vivo.
Ao contrário do que pode parecer não era fã de Michael Jackson, não dancei como ele em festas dos anos 1980, não tinha seus discos, embora admita que sou fã de seus vídeos clips pela sua perfeita elaboração e principalmente pelo planejamento que ficava evidente a cada novo trabalho.