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A cadeia que virou Museu |
kywza
Fideles
As
portas do passado estão abertas à compreensão
do presente e à construção do
futuro. Os tempos mais remotos manifestam-se através
de objetos, outrora esquecidos e de tradições
e costumes, que apenas adormecem, mas nunca morrem.
Estes, hoje reconstrõem a memória histórica da cidade
de Cabaceiras, onde a cultura popular,
que prevalece rica e forte.
O acervo histórico-cultural da
“Monarquia Bodista” representa a tradição
e memória desse Município. Este acervo
está disponível no Museu Histórico Cultural
de Cabaceiras.
A primeira vista, o cariri arcaico, instalado na antiga
cadeia pública da cidade, impressiona. As raízes
culturais pulsam e exalam um perfume mágico
de tempo. O museu é jovem, apesar de vangloriar
o passado. Tem apenas um ano de funcionamento. E foi
por iniciativa do Poder Executivo de Cabaceiras, juntamente
com o apoio de sua comunidade, na coleta de objetos
de épocas diferenciadas da história
local, que se fundou o Museu Histórico Cultural
de Cabaceiras.
Dinâmico e pedagógico, o Museu dispõe
de diversos objetos referentes à época
de fundação da cidade, século
XVII. Além do acervo colonial, o mesmo possui
o Memorial Manoel Batista de Morais, este mais conhecido
como Antônio Silvino, um cangaceiro que invadiu
Cabaceiras e incendiou a Cadeia Pública no
ano de 1900. Esse Memorial conta com quadros, fotografias
e uma réplica do cangaceiro, esta em tamanho
real e caracterizada com trajes do cangaço.
De acordo com George Gomes (Coordenador do Museu e
Historiador), a estratégia foi resgatar a história
de Antônio Silvino através de Museu,
uma vez que a fama de Lampião deixou à
margem a história de outros cangaceiros.
A diversidade que se encontra na Fundação,
é o destaque. Além do Memorial já
citado, há também o Memorial do Bode,
o que não poderia faltar na terra do Bode Rei,
haja vista sua simbologia para o povo cabaceirense.
A referenda ao bode é feita com uma réplica
de um chiqueiro, e dentro deste um bode empalado.
Há ainda iconografias que mostram a origem
do animal.
O Museu é bastante visitado.
Recebe visitantes europeus, americanos, chineses,
indianos e entre outros. O objetivo é valorizar
a cultura local e reconstruir a memória da
população, contribuindo para sua auto-estima.
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