Orlando
Junior
Ver
a professora de futsal Gleide Costa dando aulas para
garotos entre seis e 15 anos, é voltar no tempo
e novamente ver a professora aos 10 anos de idade,
ganhando as peladas de todos os meninos da rua. Passados
alguns anos, hoje a atleta ministra aulas para filhos
ou dependentes dos sócios da Associação
dos Docentes da Universidade Federal da Paraíba
(ADUF).
“O
projeto dessa escolinha, que é coordenada
pelo professor Givaldo Leal de Menezes, surgiu a
três anos de uma preocupação
para que os filhos dos sócios da entidade
pudessem praticar uma atividade esportiva e o esporte
escolhido foi o futsal”, explica Gleide, após
um dos treinos realizados no último sábado.
Atualmente
35 alunos fazem parte da escolinha que oferece aulas
nas quartas, a partir das 18:30 horas e nos sábados
das sete as dez da manhã. No entanto a escolinha
não é só freqüentada pelos
filhos dos sócios, alguns garotos das comunidades
do Alto do Mateus e do Castelo Branco, também
estão participando das aulas com muita determinação.
“90%
dos alunos são filhos, netos, sobrinhos ou
parentes de dependentes dos sócios e 10%
são garotos de um projeto de extensão
da professora Gleide, o que comprova a importância
dessa iniciativa, já que também estamos
realizando um trabalho de inclusão social
através do esporte”, fala com orgulho
o idealizador da escolinha, o professor Givaldo
Leal de Menezes.
Ainda
segundo o professor Givaldo, o trabalho está
surtindo o efeito desejado. “A escola está
revelando jogadores com condições
técnicas de jogar em qualquer equipe da Paraíba,
é um resgate do futsal paraibano”,
afirma. A meta agora, depois de um bem realizado
trabalho de base, é inscrever as equipes
em eventos com características de competição.
Ganha
o esporte paraibano que está vendo novos
valores serem revelados. Ganha a ADUF- PB por está
realizando um trabalho muito importante de resgate
da modalidade no estado. Ganha muito mais a modalidade
do futsal, que após anos mergulhado num imenso
marasmo, e enfrentando problemas com dirigentes,
está novamente crescendo: “Material
humano com qualidade sempre tivemos, entretanto
só vamos voltar a brilhar nacionalmente se
tivermos apoio das empresas locais”, finaliza
Gleide.