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- O que você anda fazendo atualmente?
No Circuito Banco do
Brasil de Vôlei de Praia eu sou responsável
pela parte das oficinas de voleibol para crianças
das comunidades carentes e da própria comunidade
local. É uma parceria que é feita
com a Prefeitura local, a Superintendência
regional do banco fecha essa parceria com a prefeitura
e trás as crianças para incentiva-las
a praticar o vôlei e ao mesmo tempo, nós
mostramos para eles os grandes craques. É
um momento único para a garotada e nós
contribuímos para que eles tenham esse momento
de felicidade aqui.
2 - Que avaliação
você faz daquela geração que
injustamente ficou conhecida como a geração
de prata?
O pioneirismo começou
com a nossa geração, principalmente
no que diz respeito ao profissionalismo e ao marketing
esportivo, onde começamos a ter uma participação
maior na mídia, e esse fruto que dando hoje
é o trabalho que foi feito naquela época.
Então eu acho que a nossa geração
foi uma geração de ouro para o voleibol,
embora nós tenhamos ficado conhecidos como
a geração da prata pelas colocações
que nós tivemos no Mundial de 82 na Argentina
e na Olimpíada de 84 em Los Angeles.
3 - O momento
mais triste de sua carreira foi o corte, por contusão,
da Olimpíada de 1988 em Seul?
Sim, aquilo lá
foi um momento triste porque eu estava muito bem
fisicamente e tecnicamente. Mas o que eu mais senti
mesmo foi ter que deixar de jogar, essa é
uma coisa que, para quem joga, é uma das
coisas mais terríveis.
4 - Porque
atualmente os jogadores já chegam na seleção
pensando em parar, uma coisa, que por exemplo, não
acontecia com a geração de vocês?
Nós, quando
começamos a jogar, éramos amadores,
trabalhávamos durante a semana, treinávamos
no clube duas vezes por semana à noite e
só treinávamos pela seleção
nos finais de semana, o desgaste era menor. Hoje
o atleta, já na categoria infanto, tem um
nível de exigência, de cobranças,
de resultados, de treinamento muito alto, então
quando o jogador chega nos 25, 26 anos de idade,
ele já ta meio saturado e já pensa
em se aposentar da seleção, é
isso! O profissionalismo tem dessas coisas, é
o preço que pagamos.