Míria
Maria Ferreira
O
povo brasileiro mais uma vez terá que comparecer
as urnas de votação no próximo
dia (23), mas desta vez não é para escolher
candidatos políticos, e sim para decidir se
proíbe ou não a comercialização
de armas de fogo e munições. Mesmo constando
no Estatuto do Desarmamento, a proibição
deste comércio, apenas terá validade
com o referendo.
O
Referendo é uma consulta popular. O povo
vai escolher se quer ou não a proibição
da venda de armas. Duas frentes parlamentares, uma
a favor e outra contra, estão divulgando
nos veículos de comunicação
suas opiniões e idéias para o eleitor.
Um dos integrantes do Comitê Paraibano pelo
Desarmamento, pela Vida e pela Paz, Júlio
Américo diz que não vai ser a posse
arma de fogo que vai garantir a segurança
do cidadão, e completa, “É urgente
evidenciar que o nosso objetivo pelo fim do comércio
de armas de fogo e munições no Brasil
é salvar vidas”.
Por
outro lado, a agente de saúde Maria Lúcia
da Silva acredita que a proibição
do comércio vai aumentar o índice
de violência. “Os marginais vão
sair ganhando se isso acontecer, porque eu não
acredito que a proibição de armas
de fogo vá diminuir o número de assaltos
e assassinatos. Vai deixar apenas o bandido mais
confiante”. Finaliza. Assim como Maria Lúcia,
três pessoas numa enquête de dez são
contra a proibição e sete a favor.
Divergentes
opiniões vão ser expostas até
o dia da votação. O importante é
que cada eleitor saiba da importância de participar
do Referendo, o segundo do Brasil em que a população
será consultada sobre o desarmamento. O voto
é obrigatório, e isto, tem deixado
algumas pessoas descontentes, a exemplo da dona
de casa Maria Erinalva, “Não entendo
o porque da obrigação de voto, se
eles falam em democracia. O eleitor tem o direito
decidir se quer ou não o desarmamento e,
no entanto, é obrigado a sair de suas casas
num domingo para votar”, reclama a dona de
casa.
O
Brasil faz a pergunta e o eleitor responde. “O
comércio de armas de fogo e munição
deve ser proibido no Brasil? Sim ou não?
Por enquanto, ninguém se arrisca em dar um
palpite sobre o desfecho do dia (23). Resultados
a parte, Júlio Américo, finaliza,“Se
a proibição de do comércio
de armas de fogo e munição não
for aprovada, daremos um passo atrás e ficaremos
mais distantes dessa sociedade que sonhamos, onde
cidadãos possam viver e acreditar na preservação
incondicional da vida como o maior bem da existência
e na cultura da paz e da não- violência
como o único caminho capaz de dar soluções
eficazes para o conflito do cotidiano”.