Bartolomeu
Honorato
Uma das preocupações das pessoas
que vão as compras é saber se os produtos
oferecidos possuem grande quantidade de elementos
tóxicos, e quando sabem que os alimentos são
orgânicos, a saúde agradece. Agricultura
com adubos naturais é a proposta alimentar
da Feira Agroecológica que acontece em diferentes
pontos da cidade de João Pessoa.
A
feira é fruto das lutas dos assentados do município
de Sapé, na Paraíba, que desde 96 lutavam
pela legalização de suas terras, até
que em 2001, com apoio da CPT, a extinta Cáritas
Diocesanas e do deputado Frei Anastácio, conseguiram
resolver a situação do local.
Os
moradores começaram a usar a terra com uma
produção de subsistência, mas
depois pensaram em executar um método diferente.
“O cultivo de alimentos orgânicos foi
uma experiência bem sucedida no Rio Grande do
Sul, então trouxemos para nosso assentamento”,
explica o presidente da Feira, o agricultor Luís
Damásio.
Os
produtos comercializados são variados e o processo
de cultivo é totalmente natural. ”Vendemos
verduras, frutas, raízes, e aves também:
Galinha, peru e pato. Além de bode, comidas
típicas, plantas medicinais e artesanato”,
informa Luís. E sobre os insumos detalha: “Utilizamos
pimenta malagueta, esterco e urina de vaca, urtiga
branca e melão de São Caetano”,
finaliza.
Os
alimentos orgânicos têm grande aceitação
entre o público que muda até os dias
de ir à feira. “A venda de produtos sem
agrotóxicos é muita boa, pois preserva
a nossa saúde, por isso passei a comprar verduras
aqui”, revela o funcionário público
João Batista. E aconselhou dizendo que a feira
deve ampliar as suas instalações para
atender a crescente procura por essas mercadorias.
Segundo
Luís Damásio, cerca de 1200 pessoas
por semana procuram os itens comercializados nas feiras
que acontecem nas sextas na UFPB, sábado no
Bessa e Valentina, este também no domingo.
Já o dinheiro apurado beneficia aproximadamente
40 famílias de assentados, com renda média
de R$ 150,00.