Míria
Maria Ferreira
Mais
um dia da criança chega e a meninada adooora!
Todo o ano é aquele corre-corre nas lojas em
busca de um brinquedo que satisfaça os desejos
dos filhos e atenda as necessidades financeiras dos
pais. Para a criança, esta data tem um significado
importante, é um dia não apenas de receber
presentes, mas a oportunidade de ficar um bom tempo
na companhia do pai e da mãe, o que não
acontece sempre, devido à jornada de trabalho
e escola. Assim, o dia 12 de outubro é também
um dia de alegria para toda a família.
Mas,
como surgiu o dia criança no Brasil? Surgiu
na década de 1920, quando um deputado federal
teve a idéia de criar um dia em homenagem
as crianças. Os Deputados da ocasião
aprovaram e assim, oficializaram o dia 12 de outubro
como o dia da criança por meio de um decreto.
A idéia de presentear só surgiu em
meados de 1960, quando duas empresas de brinquedos
e fraldas se juntaram e lançaram uma promoção
em conjunto para aumentar suas vendas. Daí
então, a data 12 de outubro passou a ser
comemorada com presentes.
Datas
a parte, a criançada aproveita e muito o
seu dia. Por outro lado, os pais também compartilham
a comemoração. Não ganham presentes,
mas se divertem com os passeios. “Vou aproveitar
o feriado e levar meus três filhos para a
bica. É outra maneira de presentear, já
que eu comprei brinquedos mais baratos para sobrar
dinheiro do lanche deles”. Revela a balconista
Maria da Guia de Melo. Continua, “O dinheiro
é pouco e não dá para comprar
o que eles querem, então, a gente faz o que
pode para agradar e aproveita também o passeio”.
Para
Andrey, 11 anos que é um dos filhos de Maria
da Guia, é bom ser criança. “Vou
dormir pensando no que vou ganhar. Todo ano a minha
mãe compra presente. Acho que não
vou ganhar o vídeo game que eu vi na loja
porque é muito caro, mas minha mãe
prometeu um brinquedo e um passeio”, diz o
menino. Assim, como Andrey e sua mãe, outros
pais e filhos vão comemorar a data.
O
dia da criança não serve apenas para
comemorar, mas para refletir também sobre
a situação do menor hoje no Brasil.
Existem inúmeras crianças que precisam
trabalhar para ajudar nas despesas de casa. Ao contrário
de Andrey, o menor Paulo, quatorze anos, trabalha
carregando frete na feira. “Eu gosto quando
chega esta data. Apesar de ter começado a
trabalhar cedo, eu sou criança. Eu Gosto
de jogar bola e de vídeo game. Não
sei se minha mãe vai poder comprar presente
para mim e meus quatro irmãos, mas vou esperar”.
Finaliza. Independente de ganhar ou não presente,
o bom mesmo é ser criança.