Orlando
Junior
“Eu
amo a música, eu amo a vida”! Com essa
frase, Mônica Melo encerrou a entrevista, concedida
em seu estúdio de gravação, numa
manhã ensolarada de outubro. Muito bem humorada,
ostentando um sorriso de 32 dentes, a cantora ultimava
os preparativos para o lançamento de seu novo
CD Tudo é Graça, que será lançado
amanhã (dia 8) às 21 horas no Cine Bangüê
do Espaço Cultural.
A
carreira de Mônica começou cedo. Desde
criança ela já fazia instrumentação
usando latas e cantava com os irmãos, intuitivamente
fazendo segunda voz. Aos 13 anos ela foi empurrada,
literalmente, para o palco do colégio Santa
Júlia, onde realizou o primeiro show dos
muitos que realizaria dali por diante.
“Eu
cresci escutando boa música na minha casa.
Escutava Gal Costa, Vinícius de Moraes, Chico
Buarque. Lia coisas boas, interessantes. Dividi
o mesmo microfone com a cantora Jane Duboc, no Projeto
Pixinguinha, que acho umas das melhores cantoras
do Brasil, então tudo isso contribuiu de
forma positiva para esses meus 23 anos de carreira”,
diz a cantora.
Mônica
já perdeu a conta de quantos CD’s participou.
Mais um, que ela faz questão de lembrar,
é o CD Elas, que gravou acompanhada de mais
três cantoras: Fabíola Lira, Soraya
Bandeira e Regina Brown. “Depois desse CD
gravei um individual, chamado Mônica Melo
e agora estou lançando Tudo é Graça,
onde eu faço orações ao Senhor
Jesus”, explica.
Convertida
a doutrina evangélica a seis anos, com esse
novo trabalho, Mônica experimentou coisas
novas, como compor. “Foi algo tremendo, saiu
muito mais fácil, o coração
falou mais alto”, fala. Ela continua: “As
três músicas que compus me tocam muito.
Tem toda uma história de vida minha, de comunhão
com Deus e todo um sentimento muito profundo, as
fases sofridas, as fases de angústias, os
medos, estão todos muito explícitos
no CD”.
Diferentemente
de outros artistas evangélicos, que se envergonham
de sua vida anterior à conversação,
Mônica não sente problema em falar
abertamente de seu passado: “Eu acho que tudo,
o que você é hoje, é uma somatização
de todas as experiências que você passou.
Se você é realmente uma pessoa legal,
uma pessoa boa, que passa uma energia boa, tudo
somou para que você seja essa pessoa hoje.
Então isso é bom, isso é fantástico,
não tenho porque me envergonhar de meu passado”,
diz com uma sinceridade tremenda.
Muito
mais amadurecida artisticamente, o grande lance
desse novo trabalho da cantora, é seu trabalho
vocal. O tempo de carreira e o fato de ser professora
de técnica vocal, contribuíram de
forma positiva para fazer desse seu novo trabalho,
um dos melhores de sua carreira. Mônica não
canta simplesmente, ela canta com o coração!