O
IV Fest Aruanda, que aconteceu em João Pessoa
entre os dias 8 e 13 de dezembro, entrou definitivamente
para o calendário cinematográfico nacional
e colocou o nome da cidade dentro do audiovisual brasileiro.
Idealizado pelo jornalista e professor universitário
Lúcio Vilar o festival vem se consolidando
a cada ano como um dos únicos espaços
para exibição de audiovisuais universitários.
Deu
gosto ver o empenho de toda uma galera, a grande
maioria alunos do curso de Comunicação
Social da Universidade Federal da Paraíba,
dando o máximo de si para construir um festival
cheio de alternativas e homenagens a grandes nomes
do cinema brasileiro. Bom também foi ver
uma bela seleção de filmes que, salvo
raras exceções, dificilmente chegarão
ao circuito comercial da cidade.
A
noite de abertura, além de contar com uma
homenagem ao Prefeito Ricardo Coutinho, exibiu o
belo filme “Simonal – Ninguém
Sabe o Duro que Dei” dos diretores Cláudio
Manoel, Micael Langer e Calvito Leal. O filme mostra
a vida do cantor Wilson Simonal, apogeu e queda,
que nos anos 1960 rivalizava com Roberto Carlos.
Durante a semana outros filmes foram exibidos como
“Os Desafinados” de Walter Lima Júnior,
que também foi homenageado e “Waldick
– Sempre no Meu Coração”
da estreante diretora Patrícia Pilar. A atriz
Eliane Giardine também foi uma das homenageadas.
O
festival, que se caracteriza por ser uma verdadeira
escola para seus integrantes, apresenta alternativas
que encantam pela simplicidade e pelo esforço
de seus realizadores. O cine jornal, apresentado
todos os dias antes das exibições
principais, roteirizado e dirigido pelo web aqui
do site Escrita Livre, Henrique Galiza, deixa o
expectador por dentro do que aconteceu no dia anterior.
Antes do homenageado da noite receber seu prêmio
é mostrado um VT onde fatos marcantes de
sua vida são relatados por amigos próximos,
um verdadeiro luxo, já que dá para
imaginar as dificuldades que essa equipe enfrenta.
Mais
nem tudo são flores! Os atrasos crônicos
se repetem a cada ano o que priva pessoas, que não
tem condução própria, de assistirem
a programação até o fim, já
que o local onde acontece o festival é meio
ingrato e mal servido de coletivos. Mais isso não
tira de forma alguma o brilho do festival que nesse
ano apresentou uma mostra competitiva muito boa
com alguns títulos bastante interessantes,
muito deles feitos aqui mesmo na Paraíba.
Vida
longa e próspera ao Fest Aruanda!