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  CINEPORT


          Apesar de ser uma referência na história do cinema brasileiro, o estado da Paraíba nunca teve um festival à altura, quadro esse que começou a ser mudado quando o professor/cineasta Lúcio Vilar, criou o Fest Aruanda e envolveu na sua realização alunos do curso de Comunicação Social da Universidade Federal da Paraíba, notadamente o local que mais coloca videastas/cineastas na ruas.

          Outra iniciativa que também contribuiu para essa mudança foi à realização, em João Pessoa, no ano de 2007, do 2º Festival de Cinema de Países de Língua Portuguesa (CINEPORT) que mobilizou parte da classe audiovisual do estado. A organização foi tão boa que ficou estabelecido que, a cada dois anos, a capital paraibana sediaria uma nova edição do festival e é exatamente isso que acontecerá a partir de hoje (dia 1 de maio) se estendendo até o dia 10.

          O CINEPORT tem como objetivo integrar e desenvolver o mercado audiovisual, promovendo os filmes realizados em português e dialetos falados nas nações que compõem a CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

          A programação do festival é composta de oficinas, mesas redondas, shows musicais, homenagens a realizadores e atores, além, é claro de exibição de filmes, muitos filmes, num total de 165 entre curtas e longas metragens, principalmente a exibição de longas nacionais que dificilmente passarão no circuito comercial daqui como Feliz Natal de Selton Melo, Juventude de Domingos de Oliveira, Onde Andará Dulce Veiga de Guilherme de Almeida Prado, entre outras. A produção paraibana também terá destaque, como a estréia do filme O Sonho de Inacim de Eliezer Rolim e do vídeo Sanhauá de Elinaldo Rodrigues.

          O ponto alto do festival será a homenagem ao ator Emiliano Queiroz que será seguida do lançamento de sua biografia. Para quem não o conhece, numa época onde a mídia televisiva não tinha a força que tem hoje, o ator interpretou dois personagens que fizeram muito sucesso e ficaram guardados para sempre no imaginário popular: Juca Cipó na telenovela Irmãos Coragem de Janete Clair exibida entre 1970-1971 e Dirceu Borboleta da telenovela O Bem Amado de Dias Gomes em 1973. Nada melhor e mais justo que homenagear UEM de fato merece ser homenageado.


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