Treze anos após sua estreia, o projeto Cinema BR em Movimento, patrocinado pelo Sistema Petrobras, continua sua luta para tornar o cinema brasileiro mais assistido, principalmente por pessoas que não possuem acesso, por questões geográficas ou financeiras, a salas de cinemas comerciais. Desde seu início, no ano 2000, o projeto já exibiu mais de 70 filmes para um público superior a dois milhões de espectadores, reconhecendo a cultura e o audiovisual como ferramentas para a educação e a transformação social, estimulando o fortalecimento de imaginários e identidades brasileiras e fomentando debates em torno de temáticas de interesse nacional abordadas nos filmes.
Este ano, serão realizadas 564 sessões gratuitas em cerca de 150 municípios de todos os estados da federação, o que faz do projeto o maior circuito não formal de exibição da América Latina! Serão seis meses de exibições e a estimativa é que o projeto consiga ser visto por um público de cerca de 70 mil espectadores.
Divididos em três circuitos de exibição (CBR, Liquigás e Comunitário) o Cinema BR em Movimento exibirá quatro filmes brasileiros: Eu e Meu Guarda Chuva de Toni Vanzolini, Uma Professora muito Maluquinha de André Pinto e César Rodrigues, o documentário Meninas de Sandra Werneck e 5 X Favela dirigido por Wagner Novais, Rodrigo Felha, Cacau Amaral, Luciano Vidigal, Cadu Barcellos, Luciana Bezerra, Manaíra Carneiro. Além desses, nesse ano o projeto exibirá também a animação Rio, que embora seja um filme americano, tem um diretor brasileiro e trata de temas relacionados ao nosso cotidiano. “É uma nova experiência que estamos fazendo, de convidar um filme não brasileiro, mas cheio de brasilidade em todas as suas etapas de produção”, diz Anderson Flávio Coordenador Geral do projeto, que é idealizado pela produtora Meios de Produção e Comunicação Ltda. Os conteúdos destes filmes cobrem todas as faixas etárias e seguem os critérios de qualidade técnica e artística, além da relevância de seus temas na geração de reflexões e debates.
As sessões serão realizadas em comunidades sem acesso a salas de cinema, sedes de projetos sociais, pontos de cultura, agremiações, associações comunitárias, logradouros públicos, hospitais, orfanatos e escolas da rede pública de ensino. “De quatro anos para cá, o projeto tem lançado foco sobre as escolas da rede pública de ensino, como forma de complementar a vivência cultural e gerar conteúdo para as aulas que sucedem as exibições. Ano passado os alunos de escolas públicas representaram quase 70% do nosso público. Este ano esperamos atender a 200 escolas e 50 mil estudantes”, diz Luciana Boal Marinho, produtora executiva do projeto.
As exibições na região Nordeste começam na próxima segunda-feira (dia 28) pelas cidades de Guamaré e Macau no Rio Grande do Norte e se encerram em outubro no estado do Maranhão. Na Paraíba as sessões acontecerão no mês de setembro nas cidades de Cabedelo, Mamanguape e Pombal. Na região o projeto é coordenado pelo jornalista e produtor cultural Orlando Junior, que está no projeto desde seu início e atua por todo o Nordeste desde 2007.
“É uma experiência muito boa, que me proporcionou um grande crescimento pessoal e profissional. Levar arte, diversão e conhecimento para pessoas que ainda desconhecem o cinema nacional é de uma satisfação sem limites. Vamos percorrer 32 cidades da região realizando mais de 130 e na grande maioria dessas sessões usaremos os assuntos abordados pelas produções como suporte para discussão em sala de aula, pois esse é nosso grande diferencial”, diz Orlando Junior representante da Empresa de Serviços Culturais (EMSERC) e do Grupo Castelo Audiovisual, responsáveis pelo projeto na região Nordeste.
Em 12 anos de atividade, o Cinema BR em Movimento já capacitou mais de 580 Agentes Culturais, realizou mais de 15.034 mil sessões gratuitas em 1.072 municípios e 478 universidades. “Se bem utilizado, o audiovisual pode ser uma poderosa e eficaz ferramenta de educação. Vivemos na era da imagem e no nosso país consumimos muito audiovisual. Acordamos com ele e vamos dormir depois de vê-lo, muito embora a qualidade desse audiovisual ainda deixe a desejar, é na quantidade que vamos extrair a qualidade e o projeto Cinema BR em Movimento é um caminho aberto para ajudar a encontrar essa qualidade”, finaliza Orlando Junior.
